segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dias contados

Saiba quais são as tecnologias modernas que estão ficando para trás.

Pode levar um, 10 ou 50 anos. O fato é que algumas das tecnologias mais usadas hoje estão com dias contados. E o motivo é muito simples: existem alternativas mais práticas a elas. Sabe aquela sua câmera digital? Ah, é verdade, você esqueceu de usá-la... seu celular já tira fotos melhores. Conheça a seguir alguns dos símbolos da modernidade que já estão ficando para trás...

Leitores Digitais

A Amazon nunca vendeu tanto Kindle quanto hoje, mas a verdade é que os e-readers já estão com os dias contados. E o grande vilão dessa história são os tablets. Enquanto os e-readers persistem com preços acessíveis, telas monocromáticas e autonomia de bateria muito superior, os tablets encantam o público com recursos multimídia, tela sensível ao toque e muita, muita interatividade.

Relógio de Pulso

Você pode até comprar um relógio de pulso e usá-lo com afinco, mas ele será muito mais um adereço do que uma ferramenta. A razão é simples: olhe em sua volta. Quantos dispositivos que mostram as horas você tem ao alcance das mãos? Aliás, é só olhar para o cantinho da tela que o próprio sistema operacional nos confidencia a hora. RIP relógio de pulso!

HD

Não, não enlouquecemos. O HD ainda é imprescindível, mas deixará de ser em um futuro breve. Principalmente para o usuário doméstico. É só parar para pensar em quanto de seus arquivos estão armazenados nas nuvens ou em dispositivos com memória flash (tipo pendrive). De fato, alguns dos notebooks mais modernos, como o MacAir, dispensam o HD e armazenam tudo em cartões SSD, mais seguros e eficientes do ponto de vista energéticos.

DVD/Blu-Ray

O Blu-Ray mal chegou às prateleiras, mas parece perder fôlego a cada dia. O mesmo acontece com o DVD fora do Brasil. E a razão da derrocada se dá por uma prática bastante difundida nos países desenvolvidos: vídeo on-demand por meio de internet streaming. O nome pode parecer complicado, mas o conceito é simples. Constitui-se em um aparelho receptor (às vezes a própria televisão) que capta o sinal da internet e permite a compra de conteúdo em alta definição pelo controle remoto; a hora que você quiser, o conteúdo que você quiser.

Na prática, o serviço de vídeo on-demand funciona como o pay-per-view da TV a cabo, mas com a diferença que a variedade de filmes e séries é extremamente superior. Nos Estados Unidos, a tecnologia já está bastante difundida e constitui um mercado lucrativo. NetFlix, Apple TV, Hulu e YouTube são alguns exemplos de provedores de conteúdo.

GPS (PNDs)

Os chamados GPS PND (Portable Navigation Device) são os famosos GPS automotivos com software dedicado, cujos suportes têm uma ventosa para grudar no vidro do carro. Apesar de extremamente úteis, os PNDs já são, em muitas vezes, substituídos pela função de localização do celular. Uma prova disso é que cinco aplicativos de localização do iPhone figuram entre os 100 mais comprados da AppStore da Apple. Sendo que dois deles estão entre os top 10.

Segundo teste prático do UOL Tecnologia, os PNDs ainda levam ligeira vantagem ante aos aplicativos de smartphones, mas a tendência é que, à medida que os smartphones evoluam, os aplicativos fiquem mais refinados, precisos e autossuficientes.

Desktop

Os desktops minguam a cada dia e não há previsão para mudança de quadro. Dados do IDC do primeiro trimestre de 2011 apontam que a maior parte das vendas de computadores do país provém de notebooks. E não é um fenômeno difícil de entender. Os notebooks estão com um preço compatível e às vezes inferior aos desktops. Quem utiliza o computador para tarefas básicas do cotidiano tende a buscar comodidade, praticidade e mobilidade. Quanto a isso, os notebooks são imbatíveis.

Apesar do forte crescimento dos notebooks, os chamados desktops ainda permanecerão no mercado por bastante tempo. A ressalva é que eles serão preferencialmente computadores de profissionais ou gamers, que precisam de um hardware extremamente robusto para as mais diversas atividades.

Mouse

Você não consegue imaginar sua vida sem um mouse? Talvez seja porque você nunca experimentou um computador 100% touchscreen ou um Kinect hackeado para controlar sistemas operacionais. A experiência não é assim tão equivalente, mas é o suficiente para "prevermos" que, sim, o mouse não deve ter uma vida muito longa.

Filmadoras e Máquinas Fotográficas

Excluindo os equipamentos profissionais, a tendência é que as máquinas filmadoras ou de fotografia portáteis desapareçam. Sério. O motivo são os smartphones, cada vez mais equipados com lentes potentes, flash e quantidade de megapixels suficiente para fazer inveja a qualquer máquina fotográfica caseira. Ou você levaria uma câmera portátil a um show sendo que seu celular filma e tira fotos em alta definição?

MP3 Player

Eles ainda são revolucionários. E as pessoas ainda estão descobrindo o poder e a praticidade da compra de músicas online. O que está em xeque e fadado ao declínio são os aparelho de MP3 dedicados, ou seja, os que têm como exclusiva tarefa reproduzir MP3. Pense em como seu celular executa a mesma tarefa com maestria e ainda agrega as outras inúmeras ferramentas.

Os praticantes de esportes talvez estejam esbravejando e arrancando os cabelos com a catastrófica previsão do fim dos MP3 players. Calma!, eles ainda devem ter uma sobrevida considerável, principalmente para o público que não quer misturar celular e entretenimento. Mas esse período deve durar só enquanto a geração acostumada com esse tipo de dispositivo existir.

3G

Aparentemente a conexão 3G é sinônimo de tecnologia de ponta, mas, olhando as previsões para os próximos anos, ela parece cada vez mais ultrapassada. Estamos falando de outras duas tecnologias que prometem revolucionar a internet móvel no mundo: HSPA+ e LTE.

De fato, a tecnologia HSPA+ (ou HSPA desenvolvido, uma evolução do 3G) já está em execução em alguns países do chamado primeiro mundo e parte da América latina. Ela garante uma velocidade de 21 Mbps (megabits por segundo); diferentes das 3G convencionais, que operam entre 5 e 14 Mbps. Já a LTE (Long Term Evolution) representa um avanço ainda maior, com velocidades de até 120Mbps. Essa, sim, poderíamos chamar de banda laaaarga.

Netbooks

Relativamente jovens no mercado, os netbooks deram o que falar em 2009. Diz-se que aquele ano foi o ano dos netbooks. Entretanto, a rápida supremacia dos pequenos computadores durou pouco. Isso porque, em janeiro de 2010, a Apple apresentou o iPad (sabe aquele tablet?) e mudou radicalmente a tendência de um mercado ainda em ascensão.

Hoje, quem necessita de algo realmente portátil vê os tablets como primeira opção, mas quem quer algo mais estável e robusto, opta por um notebook. Em meio a essa crise de identidade, os netbooks parecem esvanecer. A maior prova disso é a quantidade irrisória de novos netbooks laçados em 2011 até agora.

Cartão de Crédito

Parte da população brasileira ainda está em pleno aprendizado sobre como usar cartões de crédito, mesmo após décadas de inserção da ferramenta no mercado. Alguns ainda não aprenderam a lidar com o crédito, é verdade, mas isso é outra história. O que nos interessa, no entanto, é a tecnologia do cartão de crédito em si. Em pouco tempo será possível fazer transações com o celular utilizando a tecnologia NFC (Near Field Communication), algo muito parecido com os cartões eletrônicos que muitas cidades brasileiras já usam no transporte público. De fato, algumas cidades no Japão e em outros lugares do mundo já a utilizam como forma de pagamento experimentalmente.

Com a tecnologia NFC, o consumidor só precisa encostar o celular ou qualquer outro dispositivo móvel em um campo magnético, exatamente como feito nas catracas de transporte público. O valor é automaticamente debitado na conta do celular ou qualquer outra administradora que oferecer a tecnologia. Claro, a compra pode ser protegida com senha para evitar fraudes. Quando o padrão NFC difundir-se o suficiente para abranger grande parte dos celulares e lojas do mundo, quem precisará de cartões de crédito?

Orkut

O Google que se cuide, pois o Facebook caminha a passos largos. Estimativas apontam que já em 2011 a rede social criada por Zuckerberg pode ultrapassar o "velho" Orkut em números de usuários. Quando isso acontecer, se o Google não inovar em nenhum aspecto, o Orkut tende a cair em uma derrocada sem volta e acabar por virar uma rede social dominada por pequenos nichos.

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