Serviços como o Ashley Madison e o Second Love apostam na discrição para promover a infidelidade
Estão disponíveis no Brasil serviços como o Second Love e o Ashley Madison, sites de encontro para pessoas comprometidas interessadas em ter um caso. Os sites permitem que os usuários se cadastrem e interajam com outras pessoas igualmente interessadas em quebrar a rotina de seus relacionamentos.
Criado em 2001, nos Estados Unidos, o Ashley Madison afirma ter chego à marca de 9,4 milhões de usuários cadastrados. Para isso, a empresa apostou em uma estratégia de marketing agressiva. (em 2009, um anúncio do site foi banido do Super Bowl; em fevereiro deste ano, eles ofereceram 10 milhões de dólares para associarem o nome da empresa ao aeroporto da cidade de Phoenix, que recusou a oferta). Além da terra de Obama, o serviço está disponível em outros dez países, como Espanha, Canadá, Alemanha e Inglaterra.
Comercial banido do Super Bowl
Já disponível no Brasil, o Second Love é menor e tentou pegar carona no sucesso do concorrente. Lançado em 2008, o serviço também está disponível na Holanda, na Bélgica, em Portugal e na Espanha.
Segundo a porta-voz da empresa, Anabela Santos, a expectativa é abrir um escritório local nos próximos meses. Eles não divulgam quantos usuários possuem nem quanto lucraram no último ano. Por aqui, um mês de assinatura do serviço custa R$ 29,90.
Para a porta-voz do Ashley Madison, Jas Kaour, promover o adultério não é um problema.
“O Ashley Madison não inventou a traição. Ela sempre existiu desde a pré-história. Um comercial de TV não vai convencer ninguém a ter um caso. As pessoas chegam a essa conclusão baseadas em circunstâncias de suas próprias vidas. Estamos apenas oferecendo uma forma mais discreta de se relacionar. Se as pessoas nos culparem por promover a infidelidade, terão que culpar também o Facebook, boates, hotéis, o ambiente de trabalho e todos os outros lugares onde elas se encontram”, afirma.
Para Anabela Santos, porta-voz do site Second Love para o Brasil, a privacidade oferecida pelos serviços é um diferencial destes sites em relação a outras redes sociais. “Com certeza, as pessoas estão usando o Facebook para encontrar novos relacionamentos ou retomar contato com amores do passado. O problema é que o Facebook é tão aberto que todos podem ver o que você está fazendo, o que significa que você pode ser pego”, afirma ela.
Entre as opções de privacidade diferenciadas dos serviços estão a ocultação de nomes, fotos acessíveis somente com autorização do usuário e até opção de fatura anônima. O cadastro nos sites é gratuito, porém, para enviar uma mensagem é preciso comprar créditos. Além do Ashley Madison e do Second Love, existe também o europeu Victoria Milan, disponível na Espanha, Dinamarca, Noruega, Suécia e Inglaterra.
De acordo com Jas, 70% dos usuários do Ashley Madison são homens enquanto 30% são mulheres. Porém, o índice se iguala entre o público com idade inferior a 30 anos. Em menor parte, o público gay também está presente, com cerca de 50 mil usuários cadastrados.
Em 2010, o Ashley Madison lucrou 40 milhões de dólares. A expectativa para 2011 é que o número chegue aos 60 milhões de dólares. Segundo a executiva, o serviço deve estrear por aqui no segundo semestre. Baseado na experiência de outros países, eles esperam atingir a marca de 300 mil usuários no período de um ano. Se isso se concretizar, realmente o “cutucar” do Facebook vai se tornar coisa do passado.
Fonte: Exame.com
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